domingo, 11 de março de 2007

A Simples (ou não) Gestão da Mesada

Encontro aqui aquela que considero ser uma questão de elevada pertinência para o comum jovem. O direito a uma mesada tem, antes de mais, subjacente a confiança por parte dos pais/tutores para com quem a recebe, em atribuir uma determinada quantia, quantia essa que terá de ser gerida durante o mês. É ao jovem que cabe, portanto, a decisão da forma de dar uso a esse montante e assim tomar aquele que pensa ser o seu melhor caminho. Assim sendo, é de fácil percepção a grande subjectividade em que está envolta esta questão.

Início do mês... Altura em que nos encontramos "financeiramente saudáveis" por assim dizer, e é, geralmente, quando procuramos ou quando nos é mais fácil fazer algo que envolva um maior dispêndio como uma compra, um serviço a que recorramos, de modo a satisfazer uma necessidade talvez mais supérflua. Logo aqui, reside uma grande diferença entre cada um de nós: assiste-se, por um lado, aos que satisfazem inúmeras vezes estas necessidades/desejos ditos mais sobejos; e por outro, aos que o fazem pontualmente, mais moderadamente, fazendo uma selecção mais precisa daquilo que realmente lhes é necessário.

Aquando destes gastos, vão decorrendo no nosso dia-a-dia despesas em necessidades básicas como a alimentação, e outras que para nós, poderão eventualmente enquadrar-se neste mesmo lote, considerando-se aqui fundamentalmente as despesas com transportes.

Chegado o meio do mês, começamo-nos a questionar, uns mais que os outros, até que ponto podemos despender mais esse dinheiro, sem que para isso fiquemos sem nenhum para os gastos de primeira necessidade. Voltamos a identificar aqui, mais uma vez, onde diferimos: é um facto irrefutável que, enquanto que uns têm a capacidade de "parar", isto é, perceber que já se fez o dito luxo, e assim demonstrar um maior equilíbrio no percurso que se toma no desenrolar do mês; outros aparentam estar totalmente desprovidos desta capacidade e são capazes de passar o resto do mês como que a "penar", não conseguindo acompanhar o ritmo a que se propuseram ter no início do mês.

Dou assim por concluído o meu retrato daquele que penso ser, como referi no início, um tema fulcral para todos nós, jovens, talvez particularizando os dois extremos da realidade e não dando especial ênfase ao "meio termo", mas não sem antes desejar a todos uma sempre óptima e adequada gestão das vossas "disponibilidades".


Sugestão de leitura:
"A Gestão segundo Richard Branson", Des Dearlove

João Matos

1 comentário:

Anónimo disse...

Hmm.. achei o artigo mais como uma constatação de um facto bem conhecido (de que há jovens que conseguem poupar e outros não), descreveste bem a situação dos dois extremos.. Eu sugeria que, com o teu conhecimento do tema, pudesses dar uns concelhos aos do outro lado do extremo, nem que seja a mera constatação de ter isto em mente, ajuda.

Acho que uma abordagem mais construtiva em detrimento de meramente informativa será algo certamente de valor neste blog!

Criticas à parte, continuem com o esforço que certamente vale a pena.