sábado, 31 de março de 2007

Starwood na Second Life

Todos nós gostamos de jogar RPGs (Role Playing Games). É sempre divertido, durante algumas horas e numa dimensão alternativa à vida real, sermos uma pessoa diferente daquela que somos todos os dias.

É este o conceito fundamental do Second Life, um software/jogo que nos permite recriamo-nos à nossa imagem e semelhança, com as características que desejarmos. É em todos os sentidos uma 'segunda vida', no sentido em que não é um jogo com um percurso estabelecido, mas sim uma vida em tudo igua à nossa, na dimensão virtual. O que cativa no Second Life é acima de tudo as possibilidades de social networking, mas não só. O sotfware cobre todas as funconalidades da vida real, desde personalizar a nossa personagem virtual até comprar terrenos e construir neles; frequentar eventos, praticar desportos ou participar em debates temáticos.

É uma mistura de hi5, myspace e orkut a três dimensões e em tempo real.

De que forma está isto relaconado com a gestão?

A cadeia de hotéis Starwood, como dá conta o caderno de Economia do Expresso desta semana, vai inaugurar em 2008 uma nova marca, Aloft. Numa manobra de marketing inovadora, a Starwood, que já possui a bem sucedida marca W no mesmo sector, decidiu inaugurar a marca Aloft dentro do Second Life um ano antes de abrir ao público.

Aproveitando as opções do jogo, a Starwood recriou todo o complexo hoteleiro, que podem ver exemplificado no video seguinte:



É um exemplo inovador da utilizção das comunidades já existentes na internet para promoção de um novo produto... E o melhor de tudo, não é spam.

Links:
Virtual Aloft: http://www.virtualaloft.com/
Second Life: http://secondlife.com/
Expresso: http://expresso.clix.pt/

2 comentários:

O Bom. disse...

Oh não! A quantidade de nerds vai ser astronómica!

Apesar da atractividade de um conceito como este, em que, à semelhança de um mmorpg, podemos criar-nos à imagem daquilo que queremos, é um facto que há muitas pessoas que refugiam as suas frustrações quotidianas em segundas vidas, exactamente o nome deste software e não sei se não serão preocupantes as consequências.

Já se vê no WoW (World of Warcraft) a quantidade de eventos "real life alike" que se fazem à margem das potencialidades práticas do jogo, e é conhecido de todos a habituação compulsiva de muitos a essas realidades portanto, é esperar para ver, mas a meu ver, ou isto vai ser pago e bem pago, ou temos flagelo escapatório e projecção de ego em bits e bytes.

Nicolau disse...

Claro que há sempre desvantagens associadas à habituação... Mas ao menos não é possível ficar-se viciado no Second Life sem se canalizar uma fatia significativa do nosso rendimento mensal para o jogo. É que as opções mais atractivas são todas pagas. A própria Starwood deve ter desembolsado uma quantia significativa para ter construido o Aloft dentro do jogo. Não é só a conta premium, é comprar o terreno, o edifício, as opções, etc, etc.

Bem, até 2008 os utilizadores do Second Life vão poder ser clientes do Aloft... mesmo que na vida real nunca possam pagar uma estadia lá
;)

Ah, e o Second Life é mesmo muito diferente do WoW, The Sims online e etc... aquilo é mesmo para construires uma vida normalíssima tal como na realidade, não tens objectivos nem "níveis" nem nada.